sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Fava e o Brinde 2

A Dupla Suíça/ The Swiss Connection

Mais uma dupla que nos remete aos loucos anos 90.

A Alvalade e depois do então mister Queirós ter desencantado pérolas ao nível de Afonso Martins, Hadji ou Luís Miguel, chegava uma dupla que prometia o que faltava ao grupo do Sporting - Magia e finalização.
A dupla encontrada brilhava na Suíça, mais concretamente no Sion. Após uma série de observações "in loco" pelo mister Queirós e assente num enorme prestígio da dupla no campeonato Suíço o nosso timoneiro estava certo que estes eram os homens certos para dar a dimensão que faltava ao futebol leonino.
Um engano que teve um custo relativo, porque apesar de não terem o desempenho desportivo esperado ficaram sempre nos corações leoninos (por isso ambos dividirem o título fava/brinde).Uma época no clube mas um lugar na memória.

Juskowiak tinha sido vendido para a Grécia e era preciso um avançado que significa-se golos. Forte e concretizador. Embalado pelas descobertas africanas de Amunike e Naybet, Queiróz encontrou em Ahmed Outtara um potencial que significava o que de melhor se produz na academia do Africa Sports (que já produziu os irmãos Kalou, Keita, etc.). Chegou portanto rotulado de craque, mas rapidamente se revelou um jogador limitado tecnicamente, talhado para a comédia. Só desta forma se percebe que tenha caído no goto dos adeptos e ainda hoje nutre carinho entre a massa adepta. Características de fava? Tinha-as todas. Recordo o episódio no estádio São Luís em que não conseguiu travar e deu cabo dos placares publicitários. Mas o golo que marcou no estádio das antas, atribui-lhe um pouco do título de Brinde (o Jorge Bicho ainda deve estar à procura dos rins..ui!). O-À-Outtara!

Balakov tinha entrado em rota de colisão com o treinador e era necessário preencher a vaga do influente búlgaro. Conhecido com o irmão de Ronaldinho Gaúcho, Roberto Assis parecia que iria encantar Alvalade. Não se impôs rapidamente, mas lembro-me que os intervalos nunca foram tão interessantes, com as sessões de toques e habilidades protagonizadas pelo Assis. Naqueles 10 minutos, havia mais magia em Alvalade do que nos 90 de jogo jogado. Aliás, olhando para trás não me lembro de qualquer jogo feito por ele. Ou qualquer apontamento de registo. Isso significa bem o que representou a sua passagem por Alvalade. Uma eterna promessa. Tinha limitações físicas ou então nunca teve andamento para o nosso campeonato, mas a qualidade de passe longo, elevada técnica e marcação de livres anteviam que tínhamos acertado na mouche e encontrado o número 10, sucessor do búlgaro mágico. A sua barriga da altura rapidamente nos provou a todos o contrário.

Ahmed Outarra:
Nota Fava: 4 Nota Brinde: 2

Roberto Assis:
Nota Fava: 4 Nota Brinde:1

Nota: sistema de pontuação de zero a 5.

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