terça-feira, 31 de agosto de 2010

O jogador da semana - Daniel Carriço


Tenho sido algo crítico de Daniel Carriço. Mas esta semana, ele obriga-me a engolir as palavras. Carriço fez dois excelentes jogos e escolho-o por ter sido o jogador que mais elevou o nível esta semana.
 Faz parte de uma dupla de centrais que permite à equipa jogar subida (apesar do lance em velocidade que perdeu para o jogador do Brondby) e a forma como foi várias vezes ao meio campo dos adversários impedir que os seus pontas de lança consigam sair a jogar impressionou-me.

Tréguas Capitão!

Naval 1, Sporting 3

O Sporting venceu na Figueira da Foz por 3 a 1, num jogo em que foi muito superior ao adversário, mas que foi marcado por altos e baixos.

Paulo Sérgio estruturou a equipa num 4-4-2 côxo do lado esquerdo, em que os desequilibrios na referida faixa estavam a cargo de Evaldo e das movimentações  de Yannick e Liedson.

A equipa inicial foi: Rui Patrício, Abel, Evaldo, Nuno André Coelho e Carriço; André Santos, Maniche, Matias Fernandez e Valdes; Yannick e Liedson.

O Sporting começou muito cedo a mandar no jogo, com muita posse de bola, muita circulação, boas movimentações e uma Naval que raramente chegou à baliza guardada por Rui Patrício. A primeira parte do Sporting, impressionou pela maturidade da equipa, pela forma como pressionou alto (muito bem os centrais, e sobretudo Daniel Carriço a calar a minha voz crítica), como procurou as zonas laterais e com a boa leitura de jogo de Paulo Sérgio. Vendo que a Naval só tinha um jogador na frente, deu ordem aos dois laterais para se soltarem e subirem até ao mesmo tempo. Valdes, fazia movimentos interiores e abria espaço para Abel subir e Evaldo já seria por si só o catalisador do lado esquerdo. A chave para toda esta propensão ofensiva era André Santos (mais um jogão), a compensar as subidas dos laterais,  e a fechar quando os centrais subiam com a bola. Também Daniel Carriço foi muito importante na forma como comandou a defesa e subiu as linhas de modo a encurtar o campo para a Naval. Sem ser demolidor, o Sporting foi pressionante, por vezes asfixiador  e não permitiu que a Naval saísse a jogar. Ofensivamente, continuou a faltar qualquer coisa ao Sporting. Mais Matias no último terço (poucas rupturas para a zona de finalização), e maior capacidade para cruzar bolas para a àrea (com o caudal ofensivo que o Sporting teve, fazer 6 ou 7 cruzamentos é pouco).

Naturalmente chegou à vantagem, num lance em que Liedson beneficiou de posição irregular para influenciar a jogada e marcar. Logo de seguida Matias podia ter feito o 2 a 0.  O Sporting foi para intervalo com uma vantagem merecida.

 A segunda parte foi diferente. Por vários motivos. A Naval meteu outro jogador na linha da frente, e Evaldo não corrigiu o seu posicionamento, o que fez com que a Naval mais facilmente chegasse à baliza do Sporting. Nesta altura, Nuno André Coelho tremeu um pouco, mas o Sporting continuou a ser mais equipa e com transições rápidas tb chegou mais perto da baliza da Naval. Marcou o 2 a zero num penalty algo duvidoso (aceita-se que marque... mas também se aceitava que deixasse jogar, até porque dificilmente o àrbitro vê a falta que o jogador da Naval comete) e o 3 a zero num erro incrível do defesa Lupede.

O Sporting da segunda parte viveu muito de 3 jogadores: André Santos, Maniche e Valdes. André Santos tapou os buracos, Maniche garantiu a transição e Valdes espalhou o pânico no último terço da Naval.
 A vencer por 3 a zero o Sporting fez descansar André Santos, e a partir desse momento perdeu o controlo do jogo. E nesta altura, não foi uma equipa de classe. Não controlou o ritmo do jogo, e não aproveitou para marcar mais. Aliás, expôs-se a sofrer golos e assim aconteceu, num lance em que Abel e André Coelho poderiam ter feito mais.

Vitória justa, com 70 minutos de elevada qualidade do Sporting. A diferença que uma vitória faz está à vista, e esta equipa voltou a demonstrar que é muito superior à que o ano passado defendeu as cores do clube.

Elmano Santos fica ligado à vitória do Sporting pelas suas decisões nos lances dos dois primeiros golos. No primeiro há fora de jogo, e no segundo até se aceita que haja falta sobre Liedson (rasteira com o pé da frente e corte com o de trás), mas da influência não se livra. Ah, disso e de não saber que não há lei da vantagem nas faltas dentro da àrea. Liedson sofreu penalty, só tinha que marcar independentemente do Levezinho ter saído a jogar.

Apreciação Individual:

Rui Patrício - Podia ter metido o dia de férias.

Abel - Bom jogo. Tacticamente conferiu largura ao ataque, defendeu bem o seu flanco. Foi mal batido num lance de cabeça no golo da Naval. Mas cumpriu, e até desequilibrou.

Evaldo - Correu, correu, correu. Não tinha ninguém do seu lado e subiu. Quando passou a ter alguém do seu lado... continuou a subir. Impressiona pela capacidade física, mas convinha conseguir meter mais cruzamentos na àrea.

Carriço - Excelente jogo. Ganhou confiança na Dinamarca e foi imperial na primeira parte. Na segunda, tb esteve bem, com um corte magnífico a meio da segunda parte. Só falho numa falta escusada que faz a meio campo e que permitiu à Naval bombear a bola para a àrea do Sporting.

Nuno André Coelho - Na segunda parte esteve débil. Sentiu dificuldades quando teve que compensar as subidas de Evaldo, e não foi suficientemente lesto no lance do golo da Naval. Pela positiva, bolas discutidas ar, são todas dele. Que bom ter um central assim.

André Santos - E de repente... Pedro Mendes pode recuperar com mais calma. A subida do Sporting deve-se muito à sua subida. Apareceu em todo o lado, recuperou muitas bolas, e combinou bem com Fernandez e Maniche nas saídas para o ataque. A sua cultura táctica e a forma como compensou laterais e centrais impressionou. Temos homem. E quando Pedro Mendes voltar... outros poderão ter que descansar também.

Maniche - Bom jogo. Recuperou muitas bolas, lançou bem o ataque, não fez nada mal. Só lhe fltou aparecer a rematar. Reapareceu o Maniche da pré-época. Afinal só precisava de companhia no meio campo.






Matias Fernandez - Tem um toque de bola fantástico. Esta maldade do vídeo aí em cima não está ao alcance de qualquer jogador. Mas pode aparecer mais e finalizar mais vezes. Exibição positiva, mas vê-se que tem mais para dar.

Valdes - Epá, temos homem. Andava escondido, mas fez um bom jogo hoje. O lateral esquerdo da Naval, sofreu o jogo todo. A forma como devagar, devagarinho passava pelos adversários e arranjava espaço para fazer o que queria fez lembrar o saudoso Pedro Barbosa (mas sem a técnica imaculada do Grande Capitão).  Pode vir a ser importante.

Yannick - Respira confiança. Fisicamente é aquilo que todos sabem. Infelizmente, tecnicamente também. Ciente disso, Paulo Sérgio desenhou um esquema em que Yannick recebe a bola onde tem que receber. No último terço e de frente para a baliza.  Boa finalização no golo.

Liedson - Marcou um golo, sofreu o penalty que deu o segundo golo e parecia o Liedson de outrora. Recuperou n bolas, fez recepções do outro mundo, jogou sempre de cabeça levantada e foi um quebra cabeças para a defesa da Naval (defesa fraca, diga-se). Obrigado Levezinho por mais este lampejo.

 Zapater - A sua entrada coincidiu com o pior Sporting da partida... e ele não foi inocente nessa transfiguração. Não deu os equilibrios de André Santos e não arranjou maneira de conseguir sair a jogar. Mas foi pouco tempo. Vê-se que há ali qualidade de passe. E estou ansioso para que tenha a oportunidade de bater um livre directo perto da àrea.

João Pereira - Entrou para correr.

Saleiro - Esteve pouco tempo em campo. Mas entrou cheio de vontade. E de facto acrescentou algo à equipa. Posse de bola, calma e inteligência. 

sábado, 28 de agosto de 2010

A ver se ao menos engana os compatriotas

Para mim só é pena que não seja em definitivo... A fama que Stojkovic tem, e o crédito que muitos sportinguistas lhe dão é inexplicável. O momento que se segue, é um dos primeiros de Stoj no Sporting:



Digo dos primeiros, porque já antes havi agarrado uma bola no dragão, que podia ter pontapeado com facilidade (ainda que não tenha sido atraso deliberado, um GR inteligente não correria o risco). Everton: Não fica; Getafe: Não fica; Wigan: Não obrigado; Nantes: Suplente e emprestado; Vitesse: Suplente.

Andam todos a dormir, querem ver? Já vai tarde, obrigado.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Movimentações no Mercado - Tonel e Pongolle seguem caminho

O Sporting transferiu Tonel para o Dinamo de Zagreb e emprestou Sinama Pongolle ao Zaragoza.  Ainda não se conhecem os valores da transferência de Tonel, já no que diz respeito a Pongolle o Zaragoza assume os ordenados do jogador e fica com uma opção de compra de 5 milhões de Euros.

O Sporting perde, com a saída de Tonel, um suplente que quando tivesse que entrar o faria sempre com o pé na tábua. Perde também alguns golos em situação de bola parada (Tonel foi o único central do Sporting capaz de fazer a diferença nestes lances nos últimos 7 anos).

Já a saída de Pongolle... bom, não deixa saudades. Não fez nada no Sporting. Teve os condicionalismos que teve, mas a verdade é que este ano, não se mostrou capaz de render e recebeu guia de marcha para se ir valorizar por outras paragens.

Questão pendente: virá aí outro avançado, ou Yannick passa a contar como avançado? Centrais, existem outros 4, pelo que não é necessário mais ninguém.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Brondby 0, Sporting 3


Passámos!!!!!!

O Sporting fugiu hoje da cadeia na Dinamarca, ao bater o Brondby por 3 bolas a zero. Tinha escrito aqui há 8 dias, que apesar de ter jogado mal, o Sporting era superior ao Brondby e que estes haviam saído de Alvalade com um resultado demasiado bom. E hoje ficou provado.
O que já não estava à espera era que o Sporting conseguisse dar a volta ao resultado, num jogo relativamente bem conseguido.

A equipa alinhou da seguinte forma: Rui Patrício, Abel, Evaldo, Nuno André Coelho e Carriço; André Santos, Maniche, Yannick e Vukcevic; Liedson e Postiga.

Foi o regresso ao 4-4-2, mas com enormes diferenças em vários aspectos do jogo. Extremos muitíssimo abertos e laterais muito subidos, com os centrais a subirem e a tornarem a equipa compacta. Com bola o Sporting era um 2-4-4, que rapidamente se transformava em 4-4-2 quando perdia a bola. Para isto muito contribuíram Nuno André Coelho, Carriço, Patrício e... Paulo Sérgio. É justo que se elogie (quando merece) quem tantas vezes é criticado. E o Sporting pôde fazer isto porque o Brondby é de facto muito mais fraco que os leões. Jogou quase toda a primeira parte na metade adversária, recuperou muitas bolas no último terço, só não conseguiu criar grande perigo, tirando o golo mal anulado a Liedson a meio da primeira parte. No último lance da primeira parte o Sporting faz o primeiro golo, numa finalização de cabeça de Evaldo, após livre muito bem marcado por André Santos (que jogão).




A segunda parte começou na mesma toada, contudo entre os 60 e os 70 minutos os dinamarqueses carregaram e estiveram muito próximo do golos. Para isso contribuíu uma desunião da equipa do Sporting, com os laterais a defenderem à frente da linha de centrais (que não estavam a subir convenientemente, e com Yannick e Vukcevic a demitirem-se mais da ocupação da linha dos médios centros. Ou seja, muito espaço entre linhas. Não fora o pulmão que André Santos revelou, e a coisa podia ter sido pior. Isso e a grande, monstruosa defesa de Rui Patrício após remate á queima roupa de Bischoff.

O Sporting mudou para 4-3-3 com Matias Fernandez no vértice mais avançado do trinagulo do meio campo (substituíu Postiga), na tentativa de colocar mais uma unidade no meio campo e reequilibrar as coisas, o que de facto foi conseguido. E teve a sorte de fazer o golo numa jogada em que Nuno André Coelho não teve medo de ser feliz e rematou de meia distância. O guardião do Brondby fez o resto.

Para o final do jogo, o Sporting apresentou mais uma nuance táctica com Yannick e descair para o meio, a partir da meia esquerda e num desses lances Liedson isolou-o e Yannick teve finalização 20 estrelas (ele que tantas vezes é criticado pela sua falta de afinidade com a bola). O Sporting passou. Como Paulo sérgio avisara, quando menos se esperava marcou 3 golos e continuou na Europa. Porque de facto é muito melhor do que o Brondby.

Por fim, uma palavrinha para os comentadores da SIC. O Sporting da primeira parte estava a pressionar alto, a jogar bem. Tinha alguma falta de criatividade, é um facto. Mas passaram a primeira parte toda a pedir substituições e a dizer que assim não dava. Estranha mania de querer sempre falar mal do Sporting (não é mania da perseguição, é verdade).




Apreciação Individual:

Rui Patrício - Há 8 dias tinha comprometido. Hoje foi decisivo. Não só pela velocidade e posicionamento em campo que permite ao SCP jogar com as linhas muito altas, como também pela extraordinária defesa que fez, e da qual já falei.

Abel - Tacticamente bem, em quase todos os aspectos. Mas tremeu muito com a bola nos pés. Se o Brondby tem apertado mais por ali, poderia ter sido um problema.

Evaldo - Fartou-se de correr. Atacou, atacou, atacou, e defendeu sempre bem. Seguro no um para um, inteligente a ocupar espaços, rápido a sair para o ataque e posicionamento irrepreensível. Faz poucos cruzamentos para a àrea, mas, deixa sempre o adversário na dúvida e obrigou a que na sua faixa estivessem sempre 3 jogadores do Brondby. E ainda marcou um golo.

Nuno André Coelho - O negócio João Moutinho continua a render dividendos. Excelente jogo, não pelo golo que marcou. Pelo ar não perdeu uma bola (convinha ao Sporting começar a ganhar estas segundas bolas no meio campo), foi intransponível no um para um, rápido. Claramente o melhor central do Sporting. E como já tinha percebido frente ao Marítimo, tem uma arma. Remata bem e forte. Obrigado Futebol Clube do Porto. 11 milhões + a dívida de Postiga e ainda este exclente central. Assim vale a pena.

Carriço - Melhor jogo da época. Teve um lance que perdeu na segunda parte para Jallow, mas foi irrepreensível a subir as linhas, ganhou bolas divididas, e a sua rapidez também foi muito importante para a equipa jogar subida. Assim, sim.

André Santos - Caso Sério. Muitos kms, muita bola recuperada, quase sempre bem na transição para o ataque, e pareceu mais entrosado com Maniche. Fez uma assistência e empurrou a equipa para a frente. Bom jogo.

Maniche - Bom jogo. O melhor desde o golo que marcou em Alvalade na eliminatória anterior. Conseguiu vir buscar jogo atrás, e não tendo a frescura de André Santos também recuperou muitas bolas e rapidamente as distribuíu conferindo largura ao jogo do Sporting.

Yannick - Está mais jogador tacticamente. Mas com a bola nos pés continua a aleijar a vista. Mas... fez um grande golo, o que lhe dá nota muito positiva no jogo.

Vukcevic - Muito bem fisicamente, mas foi um caso de muita parra e pouca uva. As suas qualidades técnicas não deram grande coisa ao futebol ofensivo do Sporting, mas vê-se que está bem, confiante e quando assim é, a qualquer momento faz um golo.

Postiga - Jogo pouco conseguido. Não conseguiu ganhar lances divididos, e não deu tempo para que a equipa subisse. Na àrea foi macio. O toque de bola que exibiu, não chegou para se exibir a bom nível.

Liedson - Tem futebol na cabeça. Se os companheiros entenderem o seu futebol, o Sporting pode ganhar outra dimensão no ataque. Excelente assistência para Djalló e bom golo (mal anulado).

Matigol - entrou bem, embora tenha perdido uma ocasião soberana para fazer o 3 a 0. Mas ajudou ao carrossel no meio campo (excelente a iludir a marcação para vir buscar jogo), e ajudou a defender.

Valdes - Também entrou bem, embora tenha estado menos em jogo que Matias. Mas é um jogador que vê baliza.

Saleiro - Entrou.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Já está!!



Um verdadeiro momento de libertação. Não me lembro de alguma vez ter festejado tanto um penalty.  Vamos embora Sporting!!!!

O jogador da semana - João Pereira


O jogador desta semana é João Pereira. A seguir ao jogo com o Brondby, quase que já estava atribuído, tal a diferença de andamento e vontade que revelou em relação aos demais colegas de equipa. João Pereira ataca, defende, finta, luta, compensa o central, faz tudo. É com muita pena que vejo a lesão acontecer no momento em que acontece. Porque o Sporting não tinha jogador em melhor forma, e porque me parecia que ia a caminho da afirmação definitiva no panorama do futebol Nacional.
 Que volte depressa e igual («talvez» um pouco menos refilão...).

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sporting 1, Marítimo 0

O Sporting venceu o Marítimo por uma bola a zero ontem à tarde, com um golo de Matias Fernandez ao cair do pano. Está fácil de ver que se tratou de uma vitória muitíssimo suada.

Os leões alinharam com Rui Patrício, João Pereira, Evaldo, Carriço e Nuno André Coelho na defesa. O meio campo foi composto por André Santos, Zapater e Maniche. Nas alas alinharam Vukcevic e Yannick e o ponta de lança foi Liedson. Um 4-3-3 com um meio campo muito musculado de acordo com o que havia sido prometido por Paulo Sérgio: Uma equipa mais pragmática, a não ter tanta pressa para chegar à baliza, mas ao mesmo tempo mais segura. E de facto, o Sporting denotou muita falta de criatividade. Não chegou muitas vezes à àrea adversária, e sempre que o fez foi através de passes longos. Isto porque, no meio campo, Zapater e Maniche raramente se desdobraram e deram uma referência como vertice mais avançado do meio campo. Ou a bola entrava directamente em Liedson, ou então tinha que se verticalizar o jogo com a bola a entrar rapidamente nos extremos. Contudo o Marítimo estava mais do que preparado para isto, e nunca permitiu que Evaldo e João Pereira conseguissem municiar Yannick e Vukcevic.

Contudo, a virtude, foi o facto da equipa estar mais compacta e raramente permitir ao Marítimo que construísse jogo. Defesa subida, e Rui Patrício a fazer um excelente papel como líbero. Numa dessas jogadas, em que impediu mais um contra ataque do Marítimo acabou por lesionar João Pereira.

Na segunda parte o Sporting apareceu um pouco melhor. E podia ter feito golos, mas continuou a revelar algum desacerto na finalização. Claramente meio campo a menos, para o que era necessário. Paulo Sérgio mudou de táctica e colocou Yannick no vertice mais avançado de um losango no meio campo, no apoio a Vukcevic e Liedson. Mas Maniche e Zapater mantiveram-se muito longe do jogo e não havia maneira do Sporting furar a muralha do Marítimo.  Na defesa, continuava tudo tranquilo, muito embora a equipa do Sporting continuasse a tremer.  O Marítimo acabou mesmo por ter uma grande oportunidade de golo, num lance em que Patrício exagerou nas suas funções de líbero.  André Santos e Maniche ameaçaram de longe, Liedson falhou isolado na pequena àrea, mas o Sporting não conseguia furar a defesa do Marítimo. Até que no último minuto, aos trambolhões, a bola sobrou para Matias Fernandez na àrea, que não consegue rematar e quando Liedson vai emendar surge uma falta milagrosa. 89 minutos, Penalty e Matigol a não perdoar.


E o Sporting venceu. Não jogou bem, mas pela posse de bola (outra vez 65%), pelos remates, pela tempo que acampou no meio campo do Marítimo, o desfecho tem que se aceitar. Foi a única equipa com essa ambição (quando até deu ideia de que se o Marítimo quisesse apertar um pouco mais, até poderia ter sido ameaçador).

Apreciação Individual:
Rui Patrício: Como fomos dizendo, Patrício foi fundamental na forma como adiantado impediu que o Marítimo pudesse explorar o adiantamento da defesa do Sporting. Adiantamento esse, que fez com que a equipa jogasse muito tempo no meio campo do Marítimo e recuperasse a bola muito à frente no terreno.

João Pereira: Estava a fazer um bom jogo. Os dribles habituais (perigosos, porque se perde a bola, dá sempre contra ataque perigoso), e rapidez a recuar. Mas alguém tem que lhe dizer que deve reclamar muito menos. Habilita-se a ter um dissabor. Quem vai para cima dos adversários como ele faz (e muito bem) tem que esperar ser carregado. O que também pode ser bom para a equipa. Num dos momentos em que com abnegação recuou, lesionou-se num choque com Patrício. Esperemos que não seja grave, porque faz muita falta.

Evaldo: Bem intencionado, com muita bola, sempre em alta rotação, mas nunca conseguiu desequilibra.

Nuno André Coelho: Temos central. Ganhou todas as bolas pelo ar, não fez faltas desnecessárias e não teve problemas em transportar a bola. Hoje disseram-me que lhe faltam pezinhos. Não concordo. NAC é jogador. E revelou que pode ser útil nos remates de longe.

Carriço: Está muito intranquilo. Parece que vai sempre à queima aos lances. Não tem nenhuma falha evidente, mas parece que quer fazer demais e em situações em que não há necessidade (jogador de costas para a baliza e virado para a linha lateral... não tem que ser carregado - Por exemplo). Mas foi dos melhores jogos que fez. E ainda cumpriu a lateral direito.

André Santos: Jogão. Compensou ambos os laterais, ganhou lances divididos, conseguiu sair a jogar com a bola nos pés, ameaçou a baliza adversária, fez faltas que impediram contra ataques (o que prova que é um jogador que aprende rapidamente com os erros), e não foi por ele que a transição defesa ataque não foi mais fluída.

Maniche: Onde anda o Maniche da pré-época? Não se envolve na saída para o ataque, parece estar sempre no sítio errado (neste jogo muito encostado às linhas, mesmo quando lance decorria na outra ponta do campo e na posse do adversário), e complica nas opções que toma quando tem a bola nos pés. Salvam-se os remates de meia distância. Mas muita da dinâmica que o Sporting tem perdido, tem sido pelo seu baixo rendimento.


Zapater: Mostrou bom passe, simplicidade de processos, e uma enorme atitude (a saída de campo é deliciosa e inspiradora). Não mostrou boa recepção (quiçá algo intranquilo) nem colocação no campo. A rever, mas percebe-se melhor porque Paulo Sérgio não foi capaz de apostar nele cegamente. A rever.

Yannick: Bom, tacticamente foi um portento. Recuperou várias bolas na defesa e fechou bem, sempre que Evaldo subiu, mas... Yannick tem que ser velocidade. E ele nunca fez uso dela. Mesmo quando passou para o meio cumpriu tacticamente mas faltou a explosão.

Vukcevic: Está em boa forma. E o problema dele é que quando está em boa forma esquece-se de tudo o que tem de fazer correctamente. Tecnicamente excelente: Extraordinária recepção orientada no peito em rotação para a baliza, grande remate à trave, forte no um para um. Mas não percebe o básico do futebol. A forma como não consegue evitar os foras de jogo na segunda parte, ou como não devolve a bola a Liedson por duas vezes... Mas na forma em que está, é o que mais provavelmente provocará desequilíbrios.

Liedson: Não se entende com Vukcevic. E ainda por cima quando finalmente convenceu o montenegrino a assisti-lo... falhou um golo que parecia fácil. Sofreu o penalty que deu o golo.


Polga: Muito à semelhança de Carriço. Como é que num jogo sem trabalho nenhum se pode demonstrar tanta intranquilidade? De positivo, arrancou a falta que deu origem ao lance do Penalty.

Matias Fernandez: Marcou o Penalty.  Gosto muito deste jogador, mas não tem estado à altura do meu gosto por ele e ontem, tirando a competente finalização do Penalty (num momento de pressão, note-se), não foi diferente.

Saleiro: Ganhou um livre à entrada da àrea, e batalhou muito para ganhar lances divididos. Mas é estranho que desde que a época começou só tenha feito um remate à baliza (contra o Paços e para falhar um golo fácil...). É pouco.

E para o fim deixo Bruno Paixão. Um ódio de estimação que tenho. Cada jogo de Bruno Paixão é um compêndio sobre como complicar o que é fácil. E a forma como transformou a agressão a Daniel Carriço num amarelo para ambos os jogadores é pouco mais que brilhante. "Tu bateste-lhe: Amarelo; Tu deixaste que ele te batesse: Amarelo.". E assim andamos há anos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sporting 0, Brondby 2

O Sporting perdeu esta noite com o Brondby, num jogo que traz ainda mais preocupações. Paulo Sérgio estruturou a equipa em 4-4-2. A equipa inicial foi composta por Rui Patrício, João Pereira, Evaldo, Nuno André Coelho e Carriço; Maniche, André Santos, Valdes e Matias Fernandez; Postiga e Liedson.

O 4-4-2 da primeira parte trouxe de volta o odiado losango. Com Valdes e Maniche como interiores e Matias Fernandez na posição 10. Paulo sérgio tentou aproximar o meio campo do ataque e dar à equipa uma maior ligação no sector intermediário que permitisse a mais rápida circulação da bola. Falhou. E falhou porque Maniche não dava à direita o apoio que Valdes tentava darà esquerda, e porque André Santos estava sempre muito longe dos restantes. O Sporting viveu de João Pereira, mas continua a ter os sectores muito desligados, com o portador a encontrar-se isolado e a ter que recorrer a uma verticalização que só tirava os pontas de lança da àrea.  Estes, quando recebiam a bola, nunca tinham ninguém no apoio frontal e como tal, ofensivamente o Sporting não existiu (pese uns primeiros 6 minutos muito interessantes).  Rui Patrício evitou o golo num lance em que todos ficaram a ver o jogador do Brondby a rematar, e esse mesmo jogador fez o golo à passagem do minuto 43, num remate muito bem executado mas em que o Sporting não fez uma falta a meio campo, e depois ficou a ver jogar perto da àrea.  De seguida teve duas oportunidades que desperdiçou - Mais do mesmo.

Na segunda parte, o Sporting sofreu cedo um golo em que mais uma vez concedeu muitas facilidades à equipa do Brondby. Já vamos falar sobre o lance.  E depois, bom depois o Sporting atirou 2 bolas aos ferros e falhou pelo menos 3 oportunidades de golo. Em que teve um misto de azar, com falta de capacidade.   Paulo Sérgio mexeu, verticalizou a equipa com as entradas de Yannick e Vukcevic, e parece-me que este é o melhor compromisso para o Sporting dadas as opções que tem para o ataque. 4-4-2 com extremos abertos e têm que ser extremos que procurem a linha: Ou seja, têm que ser Vukcevic e Yannick.

Nota ainda para o àrbitro da partida. Muito pouco caseiro. O Brondby deve ter feito umas 40 faltas no jogo todo. E viu um amarelo. O Sporting viu 2. Pior que isso fez vista grossa a 2 penaltys (um dos quais demasiado claro) e a forma como parou o lance em que Valdes seguia para a àrea depois de se livrar da carga de dois adversários, também foi estranha. Enfim, o Sporting já jogou pouco, e ainda ter que levar com isto é complicado.

Complicada vai ser a segunda mão porque dificilmente me parece que o Sporting passa. Apesar de ter sido, e ser superior ao Brondby.  68% de posse de bola, 2 bolas nos ferros, mais 3 oportunidades claras de golo, 29 remates contra apenas 6 e isto tudo a jogar mal, são prova mais do que suficiente. O Brondby nunca teve o jogo controlado mas sai de Alvalade com um resultado extraordinário para o que colocou em campo.

Apreciação Inidividual.

Rui Patrício: Evitou um golo com uma boa defesa, consentiu outro com uma defesa para a frente de muito má qualidade. Comprometeu.

João Pereira: Espectáculo! Cheguei a pensar durante o jogo que merecia uma equipazinha melhor. Completamente abandonado na linha, João Pereira sozinho desiquilibrou pelo flanco, semeou o perigo, fez combinações perigosas com os colegas e foi um monstro a defender. Foi castigado com 34 faltas e ainda sofreu um Penalty não assinalado.

Evaldo: Bom, Evaldo tem que começar a dar menos espaço aos adversários. O jogador do Brondby que fez o golo e que rematou para defesa de Patrício no segundo é um jogador com um pontapé fortíssimo. Já se tinha visto antes! E Evaldo com tanto espaço que lhe deu acabou por ver dois golos nascerem pelo seu lado. Já na Mata Real havia sido igual.

Nuno André Coelho: dominador nas alturas, não comprometeu a defender. Boa exibição que poderia ter coroado com um golo, mas cabeceou ao poste.

Carriço: A braçadeira pesa-lhe ou dá-lhe sono. Uma das duas é. A forma como não consegue arrancar com o jogador que recarga no golo do Brondby na segunda parte, diz isso mesmo. Parece que há novamente meninos em Alvalade. Desde o início que digo que não está em condições de ser titular no Sporting. Pode ser um grande líder, mas não tem desempenho desportivo à altura. 

André Santos: Pecou por não fazer a falta no lance do primeiro golo, mas curiosamente, na fase de maior desacerto do Sporting, foi ele que chegou a equipa à frente. Que pressionou, que ganhou lances, que apareceu na àrea. Jogo esforçado.

Maniche: Mau jogo. Péssimo jogo. Como interior não cumpriu tacticamente e na Segunda parte desapareceu do jogo.

Matias: Não tem estofo mental. Não há volta a dar. Entrou bem no jogo, a variar o flanco, a ganhar lances divididos, a ligar o ataque. Depois levou um toque... E ACABOU! Num jogador profissional, é muito estranho. Sem estofo, não se joga. Tem que voltar para o banco.

Valdes: Melhor que com o Paços, mas algo individualista nas suas acções. Tecnicista, mas não desequilibrou.  Nunca ajudou a defender e isso tb não ajudou Evaldo.

Postiga: Falhou um golo incrível no fim da primeira parte. E quando assim é...

Liedson: Melhor jogo da ápoca, do qual terá saído lesionado. Atirou ao poste de bicicleta, obrigou o guarda redes contrário a uma grande defesa e teve alguns pormenores interessantes. Sofreu um Penalty não assinalado.

Vukcevic: Está bem. Tem que ser titular. Forte no um para um, com boas combinações pelas laterais, foi pena não ter apostado mais no cruzamento.

Saleiro: Não acrescentou.

P.S.: É preciso fazer regressar Pedro Mendes. Falem com o Karamba, com o Bambú, com quem quiserem. Rapidamente. E gostava de ver Zapater em campo. Não percebo como é que um jogador que faz 28 jogos no campeonato italiano e 3 golos, é suplente de André Santos (que tem qualidade, mas...) e não é opção quando Maniche se arrasta em campo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O jogador da semana - Rui Patrício


Rui Patrício não é querido pelos adeptos, mas esta semana é o jogador do Sporting com melhor rendimento. Começou a semana com um excelente jogo ao serviço dos Sub-21 onde garantiu a vitória na Lituânia com duas excelentes defesas. Foi também dos melhores, senão o melhor, do Sporting no jogo com o Paços de Ferreira em que conseguiu com duas intervenções de grande nível manter o Sporting na luta pelos pontos. 

Algo colocado em causa no inicio do ano, a resposta de Rui Patrício foi inequívoca e reveladora de um jogador com boa mentalidade para o desporto. O Sporting precisa de um Guarda Redes? Talvez, mas enquanto vem e não vem algum, Patrício assume-se como o dono da baliza.

domingo, 15 de agosto de 2010

Paços Ferreira 1, Sporting 0


E começamos mal. Um Sporting sem garra, perdeu hoje na estreia da Liga Zon. O jogo foi como se adivinhava. Disputado a meio campo e com a decisão e pender para o Paços, num desfecho que se aceita.  O Sporting apresentou-se em 4-4-2, com Patrício, João Pereira, Evaldo, Nuno André Coelho e Polga; Maniche, Carriço, Valdes, Fernandez, Postiga e Liedson.

Duas novidades: Nuno André Coelho foi titular em vez de Zapater (passando Carriço para trinco) e Matias Fernandez rendeu Vukcevic. Francamente parecia que estávamos a ver o Sporting da época anterior. Jogo afunilado, laterais a não dar profundidade (João Pereira ainda ameaçou), sem largura (Valdes e Matigol muito ineficientes nesse aspecto) e a viver das movimentações de Liedson e Postiga. Nada de novo. Defensivamente a equipa parecia equilibrada, até ao primeiro ameaço de Rondon. Cruzamento da direita, e Rondon a ganhar o lance a Nuno André Coelho e a não acertar na bola.

O Sporting até teve as suas oportunidades. Matias isolou Postiga que frente a Cássio rematou para defesa destes. Novamente Postiga atirou a bola à trave após um cruzamento de João Pereira e Liedson na recarga, falha incrivelmente. Por fim Liedson rematou para grande defesa de Cássio. Também nas bolas paradas o Sporting teve as suas chances. Mas tudo sem ser fruto de brilhantismo, de movimentações colectivas, de combinações entre os jogadores. Os golos podiam ter acontecido mas não houve fluídez ofensiva.

Na segunda parte mais do mesmo. Mas com um Paços ligeiramente mais incisivo. Rondon ameaçou novamente, da mesma maneira e o Sporting não aprendeu a lição (sobretudo Nuno André Coelho). Á terceira foi golo.  O Sporting da segunda metade teve o lance em que Saleiro incrivelmente falha a baliza, e alguns lances de bola parada em que podia ter feito o golo, com algumas perdidas incríveis. Mas esteve longe de ser o mandão que Paulo Sérgio quer, não deu ideia de ter o jogo controlado e perdeu. Num desfecho que face ao que foi o jogo tem que se aceitar.

 

Análise individual:
Patrício: 2 boas defesas e evitar o avolumar do resultado. Continua a ser mal amado, mas sempre que vejo jogos como este, penso que se calhar ele é que tem mais razões para não amar o Sporting.

João Pereira: Os comentadores da TV adoraram o jovem Caetano. Mas João Pereira fez um bom jogo. Sinceramente, o opositor não lhe levantou grandes problemas e saíu bem a jogar. Mas fico preocupado quando a bola em vez de circular pelo meio sai pelo lateral direito e a fintar... É um problema. Tanto transportou a bola, que raramente desiquilibrou onde era necessário. No ataque.

Evaldo: O golo é pelo seu lado. Os cruzamentos mais perigosos do adversário também. E enquanto todos falavam de Caetano era dos pés de Manuel José que saía o perigo para o Sporting. Evaldo concedeu algum espaço que se calhar com este adversário era a única coisa que não devia ter feito.

Nuno André Coelho: No ar, imponente. A sair a jogar bom. Vê-se que é um bom central. Mas fica associado à derrota do Sporting por não comandar a sua àrea de acção. Rondon ganhou-lhe a posição na àrea 3 vezes. E numa fez golo. Resolve o problema da altura, mas precisa de concentração competitiva, porque os lances que perdeu revelam falta disso mesmo. Francamente, ainda assim, acho que fez por merecer nova chance.

Polga: Os Sportinguistas não gostam, mas olhem, fez um bom jogo. Deu o corpo ao manifesto (cortou com a cabeça uma bola que ia para a baliza) e ganhou todos os lances divididos. E com André Coelho, não fica tão vulnerável ao jogo aéreo.  Bom jogo.


Carriço: Defensivamente ocupou muitos espaços. ganhou duelos individuais ainda que tenha feito algumas faltas escusadas (ou melhor, lances que normalmente não são sancionados a um central na àrea, mas que a meio campo são sempre apitados). Mas esteve bem neste capítulo. Ofensivamente empancou o jogo da equipa. A bola dos seus pés voltava sempre para de onde tinha vindo em vez de rodar pelo lado contrário, e raramente conseguiu endossar a bola a Maniche (por esse mesmo motivo). Acho que pode ser uma opção em jogos mais defensivos, mas nunca pode ser ele a construir jogo.

Maniche:  Sofreu por ter Carriço como municiador, mas a verdade é que também não conseguiu iludir a forte marcação do meio campo do Paços. Jogo aquém do exigível. 

Valdes: Nulidade. Sempre que teve a bola nos pés, perdeu-a. A jogar assim é caro.

Matias Fernandez: Teve a habitual assistência para golo, que desta vez foi desperdiçada por Postiga. Passe magistral, só ao alcance de alguém com leitura de jogo e capacidade técnica acima da média. Infelizmente também teve os habituais lapsos que deixam qualquer treinador desesperado. Inclusivamente aquele lance em que perdeu a bola para Coelho na àrea do Sporting. E assim,  dificilmente se afirmará em equipa alguma.

Postiga: Teve duas bolas para golo claras. E não fez nenhum. O Postiga habitual. Boa posse de bola, boas combinações, bem a segurar jogo, inclusivamente boas movimentações... Mas tem que haver golo Hélder. E desta vez até teve azar, porque não foram más finalizações. Mas quando o azar é muito, deixa de ser azar e passa a ser uma probabilidade.

Liedson: Vai ser uma época dificil para o leve. E os Sportinguistas têm que se habituar a essa ideia. Teve duas bolas para golo e também não fez. Com a agravante que não cria o jogo que Postiga cria. E assim... francamente cheira a banco.



Vukcevic: Mais vontade do que Valdes, menos bolas perdidas. Podia ter cruzado mais bolas, até porque a certa altura parecia que lhe faltavam ideias para iludir os adversários. Ainda assim, provou que se calhar devia ter jogado de início.

Saleiro: O golo que falha é fantasmagoricamente incrivel. E está tudo dito.

Yannick: Será que o Tottenham ainda o quer? Bom, mais a sério, este campo não é para Yannick. Tem dimensões reduzidas e não potencia quem tem na velocidade pura a maior (única?) arma. contudo a abordagem dele ao jogo não foi a melhor. Verticalizou pouco o jogo, não centrou uma bola... E isso retira-lhe a efectividade que pode ter. Não sendo uma estrela (longe disso, porque não é versátil) certamente poderá ser útil ao Sporting em muitos jogos que peçam velocidade.

Enfim, derrota, mau jogo e assim estamos mal. Até podemos repetir a época anterior se não houver evolução. Ah, e já agora: Quando é que volta o Pedro Mendes??? Porque isso parece ser cada vez mais fundamental!

sábado, 14 de agosto de 2010

É já hoje!


O Sporting inicia hoje a sua participação na Liga Zon, na Mata Real. Um terreno que nem sempre é fácil para o Sporting. Os leões devem apresentar-se em 4-4-2, previsivelmente com o seguinte onze:
Rui Patrício, João Pereira, Evaldo, Carriço e Polga; Zapater, Maniche, Valdes e Vukcevic; Postiga e Liedson.

Prevê-se um jogo de grande luta, com muita acção a meio campo e onde os detalhes farão certamente a diferença. Fica a previsão: Paços 0 - Sporting 2, com golos de Zapater e Postiga.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Afinal os rapazes até se dão bem...

De modo a baralhar ainda mais as contas da novela do verão (que começou no Inverno e se prolongou pela primavera a fora), Marat Izmailov veio agora dar uma entrevista em que diz que ele e Costinha se dão bem. Tudo não passa de invenções dos jornais.

Quem é que consegue ser padre nesta freguesia?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Reforço do dia - Bernardo Corradi

E por incrível que pareça, continuam os rumores. Agora o Sporting quer contratar Bernardo Corradi.

Corradi, é um jogador que nunca apreciei. Para ponta de lança tem alguma dificuldade em fazer golos, é forte, alto, mas não tem um toque de bola por aí além. Longe de ser a minha praia. Se pensarmos que tem 34 anos, então estamos conversados. Não é um Acosta, porque Acosta cheirava a golo. Corradi cheira a mofo.

Penso que este rumor não faz sentido absolutamente algum, mas aqui fica ele como mais uma demonstração da silly season.

domingo, 8 de agosto de 2010

O jogador da semana - Maniche

Com o começo das competições oficiais, todas as Segundas Feiras vamos ter esta rúbrica. Como infelizmente o Sporting não tem jogo oficial este fim de semana (o que teria sido excelente sinal), antecipo-a ligeiramente.

E começo por premiar Maniche! Maniche tem tido um início de época fulgurante. E nos dois jogos com o Nordsjaelland foi absolutamente decisivo. Não é um médio centro que se destaca pelos kms que corre, e por não aparecer nas estatísticas. É um médio centro que faz golos e assistências. Sempre foi assim e pelos vistos assim continua.

 A sua assistência para Vukcevic é algo que já não víamos de um médio box-to-box do Sporting desde 2005 (uma pequena bicada ao rapaz dos títulos :)), e a forma como apareceu na zona de finalização e fez o golo do Sporting promete uma boa época. Maniche mostrou nestes dois jogos, que o Sporting ganhou muito com a sua entrada no 11, e só a sua forma física poderá apagar isso. Será interessante verificar se Paulo Sérgio vai fazer uma gestão dos seus esforços, ou se o vai levar ao limite.

Até mais ver, seja muito bem vindo Maniche! Velhos são os trapos.

sábado, 7 de agosto de 2010

Liga Europa - Sorteio

O Sporting joga com o Brondby, no playoff de acesso à fase de grupos da Liga Europa. Esta equipa dinamarquesa foi campeã do seu país por 10 vezes e tem como melhor resultado na Europa, a Meia Final da Taça Uefa em 91 (no mesmo ano que o Sporting).

Esta equipa de Copenhaga é mais conhecida por ter dado ao mundo do Futebol nomes como os irmãos Laudrup e Peter Schmeichel.

Apurou-se para a Liga Europa por via do terceiro lugar conquistado na Liga Dinamarquesa e este anos em 7 jogos oficiais tem 5 vitórias e 2 empates.

A sua grande estrela será Alexander Farnerud, irmão do saudoso (mas pouco...) Pontus que representou o Sporting de 2006 a 2008.

Sporting 2, Nordsjaelland 1

O Sporting venceu o Nordsjaelland por 2 a 1, na passada Quinta Feira em Alvalade.

Num jogo algo sofrido, a nossa equipa alinhou com:
Rui Patrício, João Pereira, Evaldo, Polga, Carriço, André Santos, Maniche, Valdes, Vukcevic, Liedson e Postiga.

Nesta equipa realce para o regresso de Liedson ao 11, bem como para as entradas de Valdes e André Santos para os lugares de Yannick e Pedro Mendes.

Após uma primeira parte em que exibiu um futebol agradável, o Sporting sentiu algumas dificuldades na Segunda Metade, chegando a eliminatória a estar no limbo entre os minutos 80 e 89. Acabou por vencer o jogo e a eliminatória (merecidamente).

Destaques:
Postiga e Maniche: Não se pode aproveitar mais ninguém do Porto do Mourinho??? Se desse, era boa ideia!

Evaldo: Brutal. Ataca, defende, está sempre bem posicionado (tirando um o outro lance em que deixou a defesa descalça).

Dúvidas:
Valdes: Tem bom toque de bola, tem facilidade de remate, mas eu espero mais deste jogador. Tem que ser mais preponderante.

André Santos: Não conseguiu fazer esquecer Pedro Mendes. Jogo certinho, mas as diferenças face ao titular (que até começou a trabalhar com a equipa mais tarde) são muito evidentes.

Nota negativa:
Carriço: A (não) intercepção no lance do golo dinamarquês acentua o que tenho vindo a dizer. Precisamos de outras apostas no centro da defesa. E Carriço, contrariamente ao que muitos querem fazer crer, neste momento não é excepção a isso.