sexta-feira, 30 de julho de 2010
A remodelação está completa
Nordsjaelland 0, Sporting 1
New York Red Bull Challenge
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Sporting 1, Celtic 1
Foi uma boa exibição da equipa de Paulo Sérgio. Provavelmente o melhor jogo até ao momento, da pré-temporada. A equipa inicial foi: Rui Patrício; Abel, Grimi, Torsiglieri e Tonel; Pedro Mendes, Veloso, Matias; Valdes, Vukcevic e Saleiro.
Equipa escalonada num 4-3-3, a ter muita posse de bola e a fazer a bola chegar rapidamente aos extremos. Defensivamente, o Sporting portou-se como um bloco, pressionou alto e de forma compacta. Contudo, alguns desacertos na zona defensiva fizeram com que o Celtic tivesse as melhores oportunidades de golo.
O Sporting também poderia ter marcado mas o jogo chegou ao intervalo com um empate justo.
O Sporting veio para a segunda parte com outro 11: Golas; João Pereira, Evaldo, Polga e Nuno André Coelho; André Santos e Maniche; Djalló, Salomão, Liedson e Pongolle.
Um 4-4-2, com boa circulação de bola, mas com deficiente cobertura defensiva. Novamente relacionado com o facto dos laterais não subirem quando de posse de bola, e dos médios ala não recuarem sem ela. Maniche e André Santos a terem que fazer muitas "piscinas", e o Celtic a aproveitar para ter um maior domínio sobre o jogo. Logo no primeiro minuto Golas evitou males maiores. A ajudar, o facto dos alas do Sporting não terem conseguido desiquilibrar (sobretudo Yannick Djalló... mau jogo do 20). O Celtic chegou à vantagem num penalty inexistente, dado que Polga não tocou em Samaras.
O Sporting viveu de um enorme Maniche! Se é assim que jogam os velhos, arranjem mais 10 iguais por favor. Recuperou bolas, lançou o ataque, fez remates perigosos, lançamentos de mais de 30 metros, perfeito entendimento com André Santos. Maniche fez tudo. Bem vindo ao Sporting. A grande reviravolta aconteceu quando Djalló saíu e entrou Helder Postiga. A jogar com 11 o Sporting chegou naturalmente ao empate, com Postiga a marcar 15 segundos depois de ter entrado após iniciativa pela direita de Pongolle, com cruzamento a preceito para Salomão atirar à trave. Na recarga Postiga empurrou para a baliza. Depois o Sporting teve mais 3 ocasiões de perigo, sempre com Helder Postiga como protagonista (entrou muitíssimo bem).
No final existiu uma série de grandes penalidades com Liedson a falhar o sexto e decisivo.
Aspectos positivos:
Baliza: Tanto Vitor Golas como Rui Patrício estiveram enormes. Patrício fez duas defesas muito dificeis na primeira parte e Golas uma igual no inicio da segunda. Acresce que Golas controlou muito bem a sua àrea de rigor. Estou bem impressionado com o jovem jogador.
Tonel está bem. foi dos 4 centrais que se exibiram o que esteve melhor.
Pero Mendes e Maniche mostram a cada jogo que velhos são os trapos. Um a controlar, a temporizar e com boas acções defensivas. Outro a dar velociadade e imprevisibilidade ao jogo. Deixaram àgua na boca.
Vukcevic: Bom jogo. Forte, a assumir o jogo. Faltam melhores decisões no último passe/cruzamento.
Helder Postiga entrou com a corda toda. Assim sim.
Aspectos a melhorar:
Torsi: Não tenho dúvidas de que Torsiglieri é bom jogador. Tem corpo, usa-o bem, marca em cima e forte. Mas o seu posicionamento em campo é miserável. Sempre muito aberto face ao outro central, e foi enganado em duas bolas aéreas que entraram nas suas costas. Quando corrigir o seu posicionamento, é caso sério.
Polga: Não faz penalty, mas a forma como dá a ideia a Samaras para ir para o meio é absurda.
Valdes: Tem que desiquilibrar mais. Vê-se que tem bons pés, mas... não tem tomado as decisões mais correctas. Se não está em boa forma física não precisa de procurar o um para um. Tem capacidade técnica para jogar simples e de forma eficaz.
Yannick: CA MEDO!
Saleiro: Sozinho na frente não dá.
Liedson: Só está a trabalhar há 5 dias, mas de todos os mundialistas foi o que se apresentou pior. E falhou o penalty decisivo de forma incrível.
Último Terço do Sporting: O meio campo está oleado. Em 4-4-2 ou 4-3-3 o Sporting sabe o que fazer. Mas faltam os desiquilíbrios no último terço do terreno. E aí é preciso ou um ponta de lança que segure a bola e deixe os médios subir, ou que os médios procurem diagonais e rupturas no último terço. Os laterais também podiam seriam opção para desiquilibrar, mas se a bola chega tão depressa aos extremos, não têm tempo para subir.
Sem Melhoria Possivel: Grimi. É horrível. Não contribui com nada. Jogar com ele ou jogar com 10, não é a mesma coisa, porque jogar com 10 é melhor. Foi o único lateral que procurou a linha de fundo para cruzar. Adivinhem para onde o fez? Vocês conseguem...
Em suma, exibição muito positiva. Os Sportinguistas têm razões para estar optimistas.
domingo, 18 de julho de 2010
Sporting 2, Lyon 0
Vitor Golas; Abel, Grimi, Tonel e Torsiglieri; Pedro Mendes, Miguel Veloso e Maniche; Valdes, Vukcevic e Pongolle.
Á excepção de Maniche, pode-se dizer que era um 11 composto pelos jogadores que menos minutos têm tido na pré-época e com a entrada directa de Pedro Mendes e Miguel Veloso. O Sporting entrou logo a marcar, através de Tonel aos 2 minutos, após livre de Valdes. Tirando o golo, o Sporting sentiu muitas dificuldades em articular o seu jogo, porque não havia uma dinâmica de transição ofensiva que permitisse a circulação de bola pelos centro campistas. Se Pedro Mendes não conseguisse receber, raramente Veloso e Maniche criavam condições para receber a bola. Isto obrigava o Sporting a sair por Grimi, Abel e Torsiglieri .
Á meia hora Paulo sérgio fez entrar Matias Fernandez e tudo se alterou. A começar pelo triangulo do meio campo, cujo vértice se inverteu, com Pedro Mendes a ter maniche do seu lado e Matias como Médio centro ofensivo. A equipa melhorou 500%. E o Lyon acabou nessa altura. Porque a saída de bola começou a ser feita pelo meio (Maniche e Pedro Mendes) e porque Matias conseguiu jogar entre as linhas do Lyon, receber a bola e por a equipa a jogar.
Quando o Sporting foi para o intervalo já estava por cima do jogo, novamente. Na segunda parte foram feitas várias alterações e o Sporting voltou a experimentar um 4-4-2 quando Postiga rendeu Matias Fernandez. Ofensivamente a equipa perdeu qualquer coisa, mas defensivamente tudo esteve muito controlado (até porque o Lyon começou a substituir jogadores, e a sua segunda linha não pareceu tão forte quanto a do Sporting). O Sporting chegou ao 2 a 0 através de Yannick Djalló, após assistência de Salomão, e depois passeou até ao fim.
Realce para a boa pressão colectiva do Sportng, com os sectores perto uns dos outros (contrariamente ao que aconteceu com o PSG). Ajudou o baixo ritmo a que se movimentou o Lyon, mas várias vezes o Sporting recuperou a bola no seu meio campo ofensivo e isso é muito positivo.
Aspectos positivos:
Matias Fernandez - Ele viabiliza o 4-3-3, e sem deslumbrar, fez a equipa jogar. Tem boa técnica, gosta de ter a bola nos pés, cria linhas de passe para os colegas executarem e quando joga simples dá velocidade ao jogo. Bom regresso.
Nuno André Coelho e Polga - Exibiram.se a grande nível, subindo a linha defensiva, e ganhando duelos individuais que dão confiança à equipa para pressionar alto. Polga até se atirou para o chão algumas vezes na àrea (pasmem-se). Bom jogo da dupla.
João Pereira - Excelente jogo, mais um. Sobe a propósito, é veloz, desiquilibrou e foi aguerrido a defender. Está em grande forma.
André Santos - Uma formiguinha de alto nível. Boa ocupação dos espaços, muitas recuperações de bola, simplicidade de processos a lançar o ataque. Claramente mais um excelente produto da escola do Sporting.
A melhorar:
Torsiglieri - Volta para esta coluna, depois de ter estado como ponto positivo frente ao PSG. Eu acho que Torsi é um bom jogador. A sério que sim. Mas joga a um ritmo completamente diferentte. É notório. Vai precisar de tempo e paciência.
Grimi, Abel - Como o Sporting parece pior quando eles estão em campo. Abel porque João Pereira está excelente e Grimi porque... não sabe andar. Evaldo só tem que fazer o básico (ou seja, equipar) para ser 500 vezes melhor que o argentino.
A transição defesa ataque também tem que merecer uma palavrinha. Tirando os 30 minutos em que Matias Fernandez esteve em campo, parece que a circulação só se pode fazer pelos laterais. Como lá na frente não há velocistas de excepção, e não se consegue variar o flanco do jogo, a equipa torna-se previsivel. A resolver.
Em resumo, boa vitória, contra um adversário bom (embora limitado). Claras melhorias com a inclusão dos mundialistas (que quase não treinaram, note-se. Mas a qualidade que acrescentaram é inequívoca).
Paris Saint Germain 4, Sporting 2
O Sporting apresentou-se em campo em 4-4-2, aquele que é o sistema preferido de Paulo Sérgio para potenciar uma equipa sem os mundialistas e Izmailov.
A equipa titular foi: Rui PAtrício, João Pereira, Evaldo, Carriço e Polga; Maniche e André Santos; Yannick, Vukcevic, Postiga e Saleiro.
Há muito para dizer deste jogo, mas poucas coisas seriam importantes. Por exemplo, o Sporting aos 5 minutos vencia por 2 a 0. Para mim, enquanto adepto do futebol, é impensável que uma equipa que vence um jogo por 2 a 0 aos 5 minutos, o perca.
E perde porquê? Simples. O Sporting continua muito permissivo no centro da defesa. Não há volta a dar. A passividade da dupla Polga Carriço é alarmante. E a falta de comando de Rui Patrício da sua àrea de jurisdição (a pequena àrea) é assustadora para um guarda redes com 1m 95cm. Eu gosto do Patrício: É alto, é ágil, tem reflexos, é rápido a sair dos postes e fazer manchas. Não me agrada a controlar a pequena àrea, porque não tem atitude. Cansei-me destes 3 elementos.
Mais, o meio campo do Sporting não pode só viver de Maniche e André Santos. São precisas duas coisas em momentos diferentes do jogo: 1- Sem posse de bola, arranjar forma dos médios ala recuarem e estarem melhor posicionados nas transições defensivas (capazes portanto de impedir contra-ataques) e; 2- Com posse de bola, os defesas laterais sobem, para a linha dos médios centro (A la Manchester... que o faz porque tem dois centrais altos, rotinados, rápidos e evoluídos tecnicamente) e os centrais dão um passo em frente. De uma maneira ou de outra, o importante é que a equipa esteja compacta a defender e a atacar.
O que não está.e estraga o trabalho de pressão feito pelos avançados e médios centro - Porque o adversário consegue circular a bola facilmente pelos corredores laterais e criar lances de perigo.
Aspectos positivos: Aos 65 minutos o Sporting fez uma série de substituições e entre outros fez entrar Torsiglieri e Nuno André Coelho. Gostei da dupla. Acho que merece uma oportunidade mais consistente. Saíram bem com a bola nos pés (NAC fá-lo com relativa facilidade), bateram-se com muito maior eficácia nas alturas (a que não será alheio o facto de terem mais 3o cms que a dupla anterior) e vi-os com lances de sacrificio na àrea. Pode-se argumentar que entraram com o resultado já em 4-2. É um facto que a vontade do PSG atacar era menor, mas... por isso mesmo é que penso que merecem uma segunda oportunidade.
João Pereira continua bem. Confortável com a bola nos pés e a dar soluções de passe. Vukcevic vem com outra vontade. Se não a perder (o que é dificil...) será mais valia.
Aspectos a melhorar: Não se pode sofrer 4 golos na pequena àrea (ou nas imediações desta) e com os jogadores adversários a rematarem soltinhos e sem problemas... Culpa: Centrais e Guarda Redes. Adeus, vão descansar e reflectir porque não se pode passar a mensagem de que há intocáveis.
Postiga e Saleiro... não dá. Jogam bem, têm boa técnica, entendem-se, mas... Não é o que o Sporting precisa. Lamento, mas não é. Creio que falta verticalidade às suas acções e as suas condições físicas não lhes permitem passar por adversários em lances um para um, nem ganhar bolas pelas alturas na àrea. A qualidade como jogadores é indiscutível, a utilidade dentro do que é o contexto desta equipa ainda está por provar.
O esquema táctico, para provocar desequilibrios, obriga a excelente condição física. Por isso ainda dou o benefício da dúvida. Mas que até ao momento está longe de impressionar... é um facto.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Nice 1, Sporting 1
Contrariamente ao que acontecera na véspera, o Sporting apresentou-se em
4-3-3 com a seguinte equipa:
Na segunda parte Paulo sérgio voltou ao 4-4-2.
Outra coisa importante para ser trabalhada por Paulo Sérgio: O entendimento entre os dois pontas de lança. Movimentam-se quase sempre para o mesmo lado. Não deve ser o que se pretende.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
A Fava e o Brinde 3
Resgate Vermelho
Quem é do Sporting e não é assim tão novo, ainda sente um arrepio na espinha quando ouve o termo "Verão Quente de 1993". Para quem não sabe o saudoso período foi marcado pelo ataque forte efectuado pelo então presidente José Sousa Cintra, ao rival Benfica, resgatado na altura tudo o que mexia e que tinha então ordenados em atraso. Era o contra-ataque aos diversos aliciamentos do clube da luz, que na época de Jorge de Brito, compravam tudo o que era associado pela imprensa ao clube de Alvalade - com Futre e Paulo Santos os expoentes máximos. 3 nomes na altura se destacaram e tinham o rumo da porta 10A traçado mas com o rapto para Torremolinos (ou outra qualquer estância do sul de Espanha) do João Pinto, apenas a dupla que hoje recordo assinou de facto pelo nosso Sporting: Paulo Sousa e Pacheco.
Começemos pelo Brinde. Paulo Sousa era um produto das escolas do Benfica. Um médio centro inteligente, com elevado aproveitamento de passe, boa capacidade de recuperação. O potencial que demonstrava veio a confirmar-se futuramente com a conquista de vários campeonatos pela Juventus, o título de melhor estrangeiro da Serie A e duas Champions. Talvez pecasse por ter pouca capacidade de finalização mas era um "registra" da mais fina água e sem dúvida a última pérola a sair da formação dos milhafres. Aproveitou no entanto a sua passagem por Alvalade para dar o salto para voos mais altos e uma única época de leão ao peito deixou água na boca.
O médio/extremo esquerdo Pacheco partilhou o balneário com Diamantino, Sheu, Paneira, Schwartz, entre outros e vinha rotulado de craque, apesar de não ser indiscutível no 11. e com 27 anos Rápido e incisivo, aparecia bem na área de conclusão , mas a realidade não foi bem assim. Nunca convenceu verdadeiramente Bobby Robson e algumas lesões retiraram-lhe espaço. Com o despedimento do inglês, com Queirós e a chegada do nigeriano Amunike, limitou a sua utilização e após duas épocas foi remetido ao esquecimento, rumando ao Belenenses, passando por itália antes de acabar. Uma fava que não deixa saudades.
Quem se lembra do então empresário Paulo Barbosa nas notícias a lançar o repto a Paulo Sousa: - Paulo, liga à tua mãe que está tão preocupada e não sabe de ti! Lindo tal como as gravatas do ex-empresário sediado em França.
Paulo Sousa:
Nota Fava: 0 Nota Brinde: 4
Pacheco:
Nota Fava: 4 Nota Brinde:0
Nota: sistema de pontuação de zero a 5.
sábado, 10 de julho de 2010
Young Boys 0, Sporting 1
O Sporting defrontou e venceu o Young Boys por 1 a 0, com um golo de Carlos Saleiro. A equipa inicial apresentou-se num 4-4-2 com: Golas; João Pereira, Evaldo, Polga e Carriço; André Santos, Maniche, Diogo Salomão e Yannick; Saleiro e Postiga.
Na segunda parte entraram em campo Vukcevic (que também saíu), Pongolle, Nuno André Coelho e Grimi.
Na primeira parte o Sporting foi mais equipa, mantendo o adversário longe da sua baliza, por via da forte pressão que exercia a partir das suas linhas mais avançadas. Na segunda parte, em 4-3-3 o Sporting não foi tão perigoso nem tão sólido defensivamente, notando-se uma enorme distância entre o meio-campo e os avançados.
Notas positivas: O entendimento entre Postiga e Saleiro; O bom jogo de Maniche e André Santos; A velocidade e os desequilíbrios de Yannick Djalló.
Pontos a rever: Torsi confirma as dificuldades e de repente Polga ganha outra vida; Nuno André Coelho a trinco? Não me parece; Diogo Salomão muito individualista;
Bom teste, com futebol a carecer de muitos desequilíbrios. Mas uma equipa a mostrar que Valdés, Fernandez, Liedson, Pedro Mendes, Veloso (ou outro que venha para o seu lugar) e Izmailov lhe podem acrescentar algo que a leve longe.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
A Fava e o Brinde 2
Mais uma dupla que nos remete aos loucos anos 90.
A dupla encontrada brilhava na Suíça, mais concretamente no Sion. Após uma série de observações "in loco" pelo mister Queirós e assente num enorme prestígio da dupla no campeonato Suíço o nosso timoneiro estava certo que estes eram os homens certos para dar a dimensão que faltava ao futebol leonino.
Um engano que teve um custo relativo, porque apesar de não terem o desempenho desportivo esperado ficaram sempre nos corações leoninos (por isso ambos dividirem o título fava/brinde).Uma época no clube mas um lugar na memória.
Juskowiak tinha sido vendido para a Grécia e era preciso um avançado que significa-se golos. Forte e concretizador. Embalado pelas descobertas africanas de Amunike e Naybet, Queiróz encontrou em Ahmed Outtara um potencial que significava o que de melhor se produz na academia do Africa Sports (que já produziu os irmãos Kalou, Keita, etc.). Chegou portanto rotulado de craque, mas rapidamente se revelou um jogador limitado tecnicamente, talhado para a comédia. Só desta forma se percebe que tenha caído no goto dos adeptos e ainda hoje nutre carinho entre a massa adepta. Características de fava? Tinha-as todas. Recordo o episódio no estádio São Luís em que não conseguiu travar e deu cabo dos placares publicitários. Mas o golo que marcou no estádio das antas, atribui-lhe um pouco do título de Brinde (o Jorge Bicho ainda deve estar à procura dos rins..ui!). O-À-Outtara!
Balakov tinha entrado em rota de colisão com o treinador e era necessário preencher a vaga do influente búlgaro. Conhecido com o irmão de Ronaldinho Gaúcho, Roberto Assis parecia que iria encantar Alvalade. Não se impôs rapidamente, mas lembro-me que os intervalos nunca foram tão interessantes, com as sessões de toques e habilidades protagonizadas pelo Assis. Naqueles 10 minutos, havia mais magia em Alvalade do que nos 90 de jogo jogado. Aliás, olhando para trás não me lembro de qualquer jogo feito por ele. Ou qualquer apontamento de registo. Isso significa bem o que representou a sua passagem por Alvalade. Uma eterna promessa. Tinha limitações físicas ou então nunca teve andamento para o nosso campeonato, mas a qualidade de passe longo, elevada técnica e marcação de livres anteviam que tínhamos acertado na mouche e encontrado o número 10, sucessor do búlgaro mágico. A sua barriga da altura rapidamente nos provou a todos o contrário.
Ahmed Outarra:
Nota Fava: 4 Nota Brinde: 2
Roberto Assis:
Nota Fava: 4 Nota Brinde:1
Nota: sistema de pontuação de zero a 5.
A Fava e o Brinde
Era Pedro Santana Lopes presidente do nosso clube e tínhamos acabado de perder Luís Figo, devido à habilidade negocial do presidente Sousa Cintra. Peixe também tinha abalado para Sevilha e a solução recomendada por Queiroz era simples: Resgatar de uma virada a dupla de Pedros que brilhava em Guimarães - Um conhecido simplesmente por Pedro e outro por Pedro Martins.
Comecemos pela Fava. Pedro Martins era o típico médio centro português, na linha de Pacheco, Vouzela e Adrien Silva. Apesar de ter 1m78 de altura não dava a ideia de ser muito alto pois não explorava muito este factor. Era lento e em termos técnicos não se destacava. Sendo um batalhador importante no meio campo não tinha grande capacidade de remate (marcou poucos golos). Esteve três épocas no Sporting e destacou-se no meio campo musculado armado pelo Octávio Machado. Não deixou saudades aos adeptos e a sua saída com certeza não foi sentida por ninguém.
Claro que o "custo" da vinda de Pedro Martins foi uma óptima contrapartida: Pedro Barbosa "O Capitão". Era um jogador que tinha tanto de controverso como de genial. Parece quer estava parado, mas de repente saía uma jogada de génio, um passe desiquibrador ou um remate certeiro. Um dos meus preferidos de sempre do Sporting.
Começando pelo pior, parecia muitas vezes alheado do jogo e quando as coisas não lhe começavam a correr bem parece que se divorciava da partida. Outro handicap que lhe reconheciam era a condição física e a sua apetência por croissant.
Como características a destacar, apesar de alto (1,82 cm) tinha uma técnica fantástica, era um playmaker de excelência que poderia jogar na direita ou como 10. Geria os tempos de jogo como ninguém. Fortíssimo no 1 para 1 e com uma elevada capacidade de remate. Completava todos estes pretéritos por uma forte capacidade junto dos grupos que liderou... foi o derradeiro capitão do Sporting. Não merecia aquela final perdida, muito concretamente a maldade que lhe fizeram de o deixar em campo quando ele já não podia e quando a equipa se afundava.
Um grande jogador e um grande homem... Obrigado Capitão!
Pedro Martins:
Nota Fava: 4 Nota Brinde:1
Pedro Barbosa:
Nota Fava: 0 Nota Brinde:5
Nota: sistema de pontuação de zero a 5.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Jaime Valdes
Valdés tem um percurso interessante em Itália e é um jogador agressivo no um para um, com um pé direito especial, bom drible e rematador.
O Sporting consegue com a sua contratação um jogador que dê um toque de imprevisibilidade à equipa, algo que tem faltado desde a saída de Nani. Valdes é um dos jogadores mais querido dos chilenos que foram contra a sua exclusão do grupo escolhido por Bielsa para representar o país.
Bem vindo!
terça-feira, 6 de julho de 2010
Calendário
O Sporting começa o campeonato nacional fora com o Paços de Ferreira. A capital do Móvel não tem sido um destino fácil para o Sporting que nas últimas 5 épocas apenas venceu por uma vez, empatou 3 e perdeu outra.
Outra curiosidade deste jogo, é o reencontro entre Paulo Sérgio e a equipa que o natabilizou no futebol português.
De resto, o Sporting joga fora 8 das primeiras 14 jornadas, o que deixa antever um início de campeonato dificil. Sobretudo porque é fundamental ao Sporting começar bem.
Jogos grandes são na Luz à 5ª Jornada, e a recepção ao FC Porto na 12ª Jornada, no jogo que marca o reencontro do Sporting com João Moutinho.
Na 2ª volta o Sporting visita o dragão a 4 jornadas do fim e acaba o campeonato em Braga.
O primeiro jogo em casa do Sporting é com o Marítimo a 22 de Agosto.
Carta aberta ao Presidente
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Esboços de plantel 1 – Guarda-redes.
Hoje começam os jogos oficiais fora de portas do nosso clube. Ao que parece e dá a entender é que para este sector o plantel 2010/2011 apenas tem uma indefinição relativamente ao Guarda-Redes que vai concorrer com Patrício pela titularidade.
Guarda-Redes:
Rui Patrício – Jovem e com margem de progressão. Tem características físicas que o colocam no patamar dos grandes Guarda-redes (altura, elasticidade, bravura, razoável jogo de pés). A nível técnico tem de melhorar mas penso que a seu maior handicap é o factor psicológico. Se a falta de paciência com este miúdo e os resultados não forem os melhores, continuar será difícil impor-se de forma inequívoca no nosso clube.
Tiago – Nunca foi um grande guarda-redes e pode atribuir-se à sua fraca qualidade a eliminação de algumas competições internas. No entanto, penso que, tal como Nuno Espírito Santo, tem um papel importante no balneário. Não aspira a ser titular o que pode unificar o clima de competição e tornar o balneário mais forte.
Contratação – A dúvida é a seguinte: que tipo de Guarda-redes contratar? Um guarda-redes experiente que pode ser titular? Por um lado trás mais segurança e garantias. O Patrício pode aprender e evoluir tecnicamente. Mas isso não põe em causa o crescimento do Jovem guarda-redes? Veja-se o caso do Moreira que foi vindo a ser encostado por falta de oportunidades. Um guarda-redes de segunda que sabe que vem para o banco e tecnicamente não vem acrescentar nada à posição? Sinceramente acho que a escolha de perfil é mais complicada do que o peso financeiro que esta contratação possa vira a ter.
João Moutinho
Agora que a poeira assentou, é altura de discutir o assunto João Moutinho com alguma cabeça e menos coração.
Primeiro e para deixar já tudo em pratos limpos: João Moutinho é um excelente jogador.
Segundo: Nunca venderia qualquer capitão do Sporting a um rival, a não ser que o mesmo batesse a cláusula.
E agora a análise a frio. João Moutinho, pese a sua qualidade futebolística, estava há 2 épocas sem acrescentar o que quer que fosse ao futebol do Sporting, desvalorizou-se enquanto futebolista, perdeu mercado e visibilidade (a maior prova é o facto de não ter feito parte dos convocados da selecção).
Há dois anos, João Moutinho expressou publicamente, numa entrevista que pretendia sair do Sporting, numa tentativa desesperada de forçar o clube a aceitar a proposta que havia por ele. Posteriormente, até deu uma entrevista em que disse que não se importava de jogar no rival de Lisboa. A isto o Sporting respondeu com firmeza: Ficou com o jogador, recusou as propostas.
Depois, quando o comportamento do jogador melhorou, o Sporting aumentou o vencimento ao Moutinho e baixou a clásula de rescisão. Ele abdicou de um milhão, que seria o que ganhava se o Sporting rejeitasse propostas superiores a 15 milhões.
No campo, Moutinho assumiu um papel para o qual não está talhado – embora isso, não seja culpa dele. A verdade é que parecia haver um feudo instalado na equipa do Sporting (e de novo, a culpa não é dele – Se lhe dizem para jogar, ele joga) em que o João Moutinho tinha que jogar, a titular e 90 minutos. Assumiu também as bolas paradas (Livres, cantos e penaltys). Tinha a braçadeira de capitão. Continuou a ser um fantástico jogador de equilíbrios indispensável a qualquer equipa, porque o futebol vive de equilíbrios, de ocupação de espaços, de intensidade defensiva (e isso ele tem tudo), mas também mostrou que não tinha a qualidade suficiente para elevar o futebol da equipa para outro patamar – Não tem capacidade para aparecer na área em desmarcações constantes, movimentos rápidos e diagonais, não tem criatividade de passe, não tem um remate extraordinário e não é um prodígio das bolas paradas. Ou seja, com o jogo emperrado, não é o jogador para o desbloquear. E no Sporting, foi-lhe quase sempre pedido que fosse.
Para equilibrar, o Sporting tem outras opções que antes não tinha, e com posse de bola assistimos a um João Moutinho não tinha que participar tanto na primeira fase de construção do jogo. E disso se ressentiu João Moutinho o ano passado. Com Pedro Mendes e Miguel Veloso assumirem essa tarefa, deixou de ser preciso a Moutinho vir atrás buscar a bola. E a Moutinho começou a pedir-se que se preocupasse em desequilibrar… como o fazia Izmailov, ou o próprio Miguel Veloso (com muito mais capacidade de aparecer a finalizar). E Moutinho não respondeu. Tanto que no Sporting 70% das pessoas reclamavam minutos a Matias Fernandez.
Futebolisticamente o Sporting precisava de outra coisa, e o próprio Moutinho precisava de outra coisa. Isso é claro, a forma como as coisas aconteceram não e também não interessa. É indiferente o que vieram dizer Bettencourt e Costinha, assim como será indiferente o que Moutinho vier a dizer.
Caminho novo era o que se pedia e isso teve-se.
Do ponto de vista da direcção, é horrível vender um jogador ao Porto. Mas é legítimo vender um jogador que estava no mercado, pela melhor oferta – Melhor e única. E também me parece claro que o Sporting precisava do dinheiro para conseguir outras opções no mercado. Logo, é legítimo. Resolveram o problema, da única maneira possível, mas não da melhor. O resultado? Dinheiro no cofre, jogador fora, outras opções dentro – Tudo o que se queria.
No que ao futebol diz respeito, o Sporting precisa de um Matias ao mais alto nível e a confirmar o acerto da saída do Moutinho e precisa de começar a época bem. De modo a conseguir fazer uma correcta gestão de ansiedades. Das nossas ansiedades, sócios e adeptos.
E também precisa de olhar em frente e deixar-se de auto-comiseração.