Mister...

Eu gosto de Paulo Sérgio. Penso que temos a mesma concepção do que é o futebol. Penso que tem preocupação e saber para fazer uma equipa de modo equilibrado e ao mesmo tempo acutilante. Também penso, que tudo isto é suposto num treinador do Sporting. Outra coisa que é suposta num treinador do Sporting é liderar uma equipa que não esteja a 10 pontos do líder à 6ª jornada (ou em qualquer outra jornada, já agora).

E é por isto que digo que Paulo Sérgio tem que pagar pelos maus resultados do Sporting e sair. O Sporting tem que passar a mensagem de que não é aceitável esta distância e a corda tem que partir pelo lado de quem lidera a equipa.

Sinceramente, para mim, Paulo Sérgio é bom treinador. E parece-me ser um homem com H grande, um pouco à semelhança do que era o Paulo Bento: Frontal e assertivo. Mas sem resultados, só há um caminho a seguir. Lamento Mister.

Jogador da Semana - Simon Vukcevic

Coitadinho do defesa esquerdo do Nacional da Madeira... Já há muito tempo que não via um jogador do Sporting com uma exibição tão dominante e preponderante (sobre o jogo e sobre o adversário). Apesar do golo cantado que falhou,  Vukcevic só pode merecer elogios. A exibição que fez e o golo de Saleiro quase que valiam o dinheiro de quem pagou bilhete para ver. Se não tem sido o empate...
 Vuk não merecia a desfeita!!!

Sporting 1, Nacional 1

E saem mais dois pontos pela janela do fundo!

O Sporting empatou este sábado com o Nacional da Madeira em Alvalade. E o que apetece dizer é que foi mais do mesmo.

A equipa alinhou em 4-4-2 Com Rui Patrício, João Pereira, Evaldo, Nuno André Coelho e Carriço; André Santos e Zapater; Vukcevic, Djallo, Postiga e Liedson.

O Sporting dominou amplamente a partida, teve muitíssima posse de bola (68% ao intervalo, 61% no fim), e raramente o Nacional criou perigo. Teve algumas oportunidades de golo, 3 das quais flagrantes, e na Segunda parte conseguiu concretizar através de um golo de excelente execução de Carlos Saleiro (já lá vou...). E quando parecia que o mais dificil estava feito, eis que uma bola a saltar na àrea do Sporting deu origem a um golo muito esquisito do Nacional da Madeira e voaram 2 pontos.
 Resultado severo, mas que o Sporting depois de estar a vencer se pôs a jeito para obter. E conseguiu! Está de parabéns.

Apreciação Individual:
Rui Patrício: Não teve que defender uma única bola. Aliás, tocou na bola uma vez, e foi para a socar para a entrada da àrea no lance que deu o golo do Nacional. Não lhe assacando responsabilidades, confesso que assim que ele a socou pensei : "Podia ter feito melhor". 15 Segundos depois estava a pensar que infelizmente tinha razão.

João Pereira: Bom jogo. Inteligentemente percebeu que o ourinho estava mesmo à sua frente e tratou de lhe fazer chegar a bola muitas vezes. Teve uma intervenção primordial na defesa a evitar um golo certo. Tal como um lateral deve fazer.

Evaldo: É incansável! Corre, corre, corre, corre. Defende o seu flanco como ninguém, também teve uma intervenção primordial na defesa a evitar um golo certo. Mas continua a ganhar muitas vezes a linha de fundo e a não conseguir traduzir isso em cruzamentos.

Carriço: Jogo tranquilo. Esteve atento e não facilitou. Subiu a equipa e ganhou os seus lances divididos.

Nuno André Coelho: A exibição tem que ser vista de dois prismas. Forte na marcação,ganhou os lances divididos e reinou nas alturas. Não perdeu uma única bola de cabeça e isso impediu que o Nacional tivesse bola. Mas com bola, tremeu tanto... é impressionante. A facilidade com que ganhava os lances só era equivalente à facilidade com que os complicava logo a seguir. Depois, faz uma assistência para golo e coloca o jogador do Nacional em jogo no golo do empate. Dr. Jecky and Mr. Hyde, claramente.

André Santos: Voltou aos grandes jogos. Depois de Benfica e Lille, voltou às exibições de luxo. Recuperou, ganhou lances divididos, distribuiu quase sempre bem, deu uma bola para golo limpo desperdiçado entre João Pereira e Yannick, compensou centrais e laterais. Brutal.

Zapater: Há jogador! Tem muito boa qualidade de passe. A assistência que faz para Vukcevic desperdiçar está ao alcance de poucos médios centro defensivos em Portugal. Fez boa dupla com André Santos, mas perdeu algumas bolas perigosas.

Vukcevic: NOTA 20 de 0 a 10. E mais não é preciso dizer.

Djalló: Empatou o ataque do Sporting. Não deu continuidade a lances de perigo, desperdiçou um golo feito, movimentou-se quase sempre mal. Saíu bem e tarde.

Liedson: Não apareceu. Saíu e bem.

Postiga: Muito longe da baliza. Demasiado longe da baliza e pouco incisivo quando dentro da àrea. Mau jogo. E quando o Sporting marcou, foi o primeiro a promover a mudança de atitude.

Saleiro: Já tinha falhado alguns golos fáceis este anos... mas neste jogo marcou um golão dos dificeis! Não é jogador para ser lançado em velocidade, e até irrita quando é, mas tem cultura táctica e atitude de craque. O talento é que não acompanha (apesar de ter algum). Fez um bom jogo.

Salomão: Começou bem, cheio de vontade. Meteu uma bola no poste, e promoveu o aparecimento do lado esquerdo no ataque. Aos poucos foi desaparecendo da contenda, mas, sem deslumbrar, bateu Yannick aos pontos.

Matias Fernandez: Entrou na fase do desespero. Tentou sacar um penalty, mas ao mesmo tempo quis evitar que lhe batessem. Tinha que se ter dado mais ao choque para conseguir.

Em suma. O sporting perdeu 2 pontos, num jogo em que não merecia. Teve posse de bola, oportunidades e cultura táctica para manter o adversário à distância. Não vou ser hipócrita e dizer que o Nacional só teve o lance do golo, porque tem mais duas situações em que entrou pela defesa do Sporting a dentro e só não marcou porque os laterais impediram que houvesse remate. Mas claramente era jogo para ganhar e por mais do que uma bola de diferença.  Enfim...

Meio campo ausente, e agora?

Com as lesões de Pedro Mendes, Izmailov, Jaime Valdes e o castigo aplicado a Maniche, aquele que parece ser o meio campo mais forte do Sporting está indisponível para a recepção ao Nacional da Madeira.

Qual será a melhor opção para Paulo Sérgio? Apostar no 4-4-2, com André Santos, Zapater, Vukcevic e Djalló? Dar uma oportunidade a Salomão? Ou dar uma chance a Abel e avançar João Pereira para o ataque?
 Ou ir para o 4-2-3-1 e dar nova oportunidade ao inconstante Matias Fernandez e sacrificar Helder Postiga no ataque?

Se fosse eu a escolher, o 11 do Sporting era o seguinte: Patrício; João Pereira, Evaldo, Carriço e Polga; André Santos, Zapater, Salomão e Vukcevic; Postiga e Liedson.

Djalló e Matias Fernandez a sair do banco têm capacidade para dar outra coisa ao jogo, se fôr necessário - Esperemos que não.

Maniche expulso e castigado

Como o Kramer tinha dito Maniche teve uma atitude menos própria no final do jogo com o Benfica tendo tentado agredir uns espectadores com um arremesso de garrafa. Como não podia deixar de ser, Duarte Gomes ( o tal que empurrou o treinador de Guarda Redes do Sporting, que depois ainda acabou castigado - quiçá por não ter caído no chão) viu tudo e Carlos Xistra expulsou o jogador que apanhou uma pena de um jogo. 

Esta semana Maniche descansa.

Benfica 2, Sporting 0

Muito francamente, não há nada a dizer. O Sporting jogou zero. Nunca conseguiu sair a jogar, teve falhas incríveis na defesa, foi 0 no ataque e quando conseguiu criar alguma coisa desperdiçou clamorosamente.

O Sporting apresentou-se na luz em 4-2-3-1, ou seria 4-0-2-1??? É incrível como André Santos, Maniche e Matias Fernandez nunca vieram ajudar os centrais a fazer a circulação de bola. E isso não se deve só à forte marcação do Benfica (que a houve), deve-se ao facto de simplesmente terem deixado Nuno André Coelho e Carriço entregues à sua sorte na saída para o ataque. E a história do jogo é esta. É assim que o Benfica cria o primeiro lance do jogo, e foi assim que deixou o Sporting pressionado o jogo todo.

Portanto, o Sporting foi uma equipa sem bola, onde seria mais importante. Onde poderia fazer a diferença, porque na verdade, o Sporting teve o jogo todo mais posse de bola que o Benfica (56%-44% na primeira parte e 55%-45% na segunda - muito também pelo facto de ter começado a perder aos 12 minutos)... Mas não sabia o que fazer da bola quando a tinha.

Na segunda parte a história foi igual. Repetiram-se as perdas de bola, repetiram-se os desequilibrios defensivos, repetiram-se os erros e repetiram-se as perdas clamorosas no ataque (face aos outros jogos, não neste).

O Sporting foi mau demais para avaliar individualmente mas aqui fica:

Rui Patrício - O melhor do Sporting. Evitou o golo do Benfica por duas vezes, uma delas com uma grande defesa.

João Pereira - Deu-se mal com a marcação a Coentrão, e nunca conseguiu subir porque tinha este a marcá-lo.

Evaldo - Boa primeira parte. Mas na segunda caíu na dificuldade de fazer sair a bola.

Nuno André Coelho - Horrível. O segundo golo é digno das distritais.

Carriço - O melhor da defesa, como habitual de há um mês a esta parte.

André Santos - Muito mau. Perdeu bolas quando as teve e depois lembrou-se de se esconder do jogo.

Maniche - Viu-se no final do jogo. Até lá passeou.

Matias Fernandez - Não se pode avaliar. Não tenho a certeza que tenha estado em campo.

Valdes - Estava cheio de vontade. E foi o leão a quem menos a bola queimou nos pés. Mas não conseguiu fazer nada digno de registo.

Yannick - Estava activo. O adversário era bom para ele, mas... de novo, muita parra e pouca uva.

Liedson - Não pode falhar aquele lance do 2-1. Banco, por favor.

Postiga - Ao menos, a bola não lhe queima os pés. Teve-a, segurou-a, serviu colegas. Merece jogar neste Sporting. só perde para os outros em concretização, e se os outros não concretizam, então tem que jogar.

Vukcevic - Inócuo

Saleiro - Entrou.

Foram 2, mas podiam ter sido mais. O adversário foi bem superior, e o Sporting não conseguiu responder.

O Momento Leonino

Desde a última vez que aqui escrevi o Sporting fez dois jogos. Vou tentar sintetizar a importância de ambos naquele que é o momento do nosso clube.

Com o Olhanense, o Sporting até fez um bom jogo. Um jogo que en condições normais daria vitória. Oportunidades flagrantes, solidez defensiva e um treinador muito agressivo do ponto de vista táctico no banco a transmitir aos seus jogadores a necessidade de vencer.

Mas não chegou, e não chegou porque o ataque do Sporting está côxo. Liedson está ausente, Postiga começa a perder o fulgor da pré-época e Saleiro já falhou golos extraordinários esta época, ambos nos jogos que o Sporting não venceu. Ás vezes procura-se um Guarda Redes que dê pontos... Eu acho que o sporting precisa de um avançado que dê pontos. E não vale a pena contar com Saleiro para isso.

Em França, o Sporting mexeu na equipa praticamente toda. Ficaram Carriço e André Santos, eles que estão a provar (conjuntamente com Patrício e Yannick) que o Sporting não descontinuou a aposta na formação. 4 em 11 é um número de relevo. O Sporting não jogou nada bem, mas venceu. E venceu, porque em 3 remates marcou 2 golos.  Mas foi um Sporting muito pior, com menos dinâmica, menos posse de bola, mais sofredor... E venceu.

Moral da história: O Sporting tem um plantel equilibrado, com vontade, e que entende as ideias do treinador. Torsi subiu como se fosse Evaldo, Abel faz duas assistências, Zapater recuperou bolas, Salomão defendeu e atacou, Polga guardou o último reduto, Postiga fez mais que Liedson. Mas faltam os desequilibrios no último terço do terreno. E falta também, alguém que possa fazer sombra a Matias Fernandez.

Este Sporting tem esta qualidade sem Pedro Mendes e Izmailov, pelo que o futuro é risonho.

No que diz respeito a jogadores, Abel está bem e recomenda-se. Carriço arrumou de vez com as dificuldades que sentiu no inicio do ano, Vukcevic continua a cheirar a golo. Pela negativa, André Santos fez um jogo fraco em França. Ele que tem sido um dos esteios do Sporting.

No banco, temos um treinador cheio de ideias. Gosto de Paulo Sérgio. Acho as críticas que lhe têm sido feitas completamente infundadas. E digo que era dificil fazer melhor. Os arautos da desgraça vão engolindo, e a caravana vai passndo ao som do ladrar dos cachorritos.

Momento bom, futuro risonho e um bom teste/oportunidade no Domingo.

Campeões!

Rogério Alves, presidente da AG do Sporting:
"O Sporting é campeão nacional absoluto de prejuízos infligidos pelas arbitragens".

Até nisto, são grandes!

Há aí mais?

A contratação de Hildebrand levanta uma questão? Existirão por aí pinheiros a preço de saldo?

Eis uma lista de atacantes ainda disponíveis:

Jeremy Aliadiaire, Darius Vassel, Julio Cruz, Guillermo Franco.

Destes, o único que é minimamente diferente dos que cá estão chama-se Julio Cruz. Contudo, o jogador já tem 35 anos e deverá ter expectativas salariais que não se coadunam com as de um suplente do Sporting.

Mais vale estar quieto, embora prefira este jogador a Corradi (sem qualquer termos de comparação).

Timo Hildebrand

O Sporting contratou o Guarda Redes Timo Hildebrand. O jogador estava sem clube, pelo que pôde ser inscrito fora da período de transferências.

Hildebrand é internacional alemão, tem 31 anos de idade e já jogou em grandes clubes. Tem um currículo invejável, mas também tem um histórico de lesões assinalável (razão pela qual não renovou com o Hoffenheim).

Não concordo com esta contratação, porque entendo que o momento actual de Rui Patrício justificava uma aposta sem reservas. E não sei até que ponto este guardião não se importará de ser suplente do jovem Patrício. A seguir com muita atenção.

Não é pinheiro que se apresente...

Ainda a aguardar confirmação, o Sporting inscreveu no último dia o jogador Tales de Souza. Trata-se de um centrocampista com 1m 68cm, internacional 74 vezes pelas camadas jovens do Brasil e que esteve à experiência no Braga nesta pré-época sem convencer Domingos Paciência.

De paciência é o que precisam os Sportinguistas. Não será grande pinheiro... e nem com enfeites deve lá ir.